A abordagem sistêmica segue todos os pressupostos teóricos/técnicos/clínicos enfocando o cliente (seja um indivíduo, uma família, um casal) como um Sistema em relação.
O sistema em terapia necessita tomar consciência do seu funcionamento e das suas dificuldades (ou problemas), para poder desenvolver as mudanças, e assim ter como treinar os novos comportamentos/atitudes/sentimentos. O foco da Terapia Sistêmica é o processo de autonomia, que engloba o pertencer/separar-se, o desenvolvimento da consciência, das escolhas e responsabilidade; a mudança das pautas disfuncionais, Para isso é necessário a presença da co-responsabilidade pelo processo.
Para entender a Abordagem Sistêmica, é necessária uma contextualização histórica. O trabalho inicia-se na década de 40. Usava-se um enfoque individual com pensamentos psicanalíticos e um diagnóstico linear de causa-efeito, ainda não se observava atendimentos de família.
Na década de 50, iniciam-se os atendimentos de família. As sessões eram feitas com todos os membros, com o uso das técnicas psicanalíticas. Logo depois passou – se a inclui uma compreensão do funcionamento sistêmico.
Em 1960 surge a Primeira cibernética, a partir de então as sessões de família, com estratégias específicas de cada uma das linhas terapêuticas que vão se diferenciando. Essa diferenciação ocorre em função dos vários grupos de terapeutas se interessarem em desenvolver seus estudos focando um dos vários aspectos da compreensão sistêmica. Na primeira cibernética, o terapeuta operava o sistema de fora e o trabalho era em cima das correções dos desvios.
Em, 1970 surge a Segunda cibernética onde o terapeuta sai da posição de “expert” e se torna mais um membro do sistema. Inicia-se o trabalho com metáforas conferindo maior importância a linguagem da família. O cliente vira o especialista do seu sistema e a partir daí acaba a “Univerassidade” e aparecem as múltiplas verdades. O pensamento passa a ser : processual, contextual e relacional.
O referêncial da Terapia Sistêmica em sua origem, era direcionado exclusivamente ao atendimento de famílias. Com o desenvolvimento teórico, técnico e clínico, a abordagem sistêmica foi se reestruturando para também compreender e atender clinicamente o sistema individual.